Morreu Arminda Severo Bitencourt

Fotos: Arquivo Pessoal
Mulher de fé e coragem do início ao fim da vida. É assim que a família vai lembrar da dona de casa Arminda Severo Bitencourt, 65 anos. Nascida no Interior de Dilermando de Aguiar, e filha de um peão de fazenda, ela teve 12 irmãos.

Ainda na adolescência, ela se mudou para Santa Maria com o objetivo de arranjar uma profissão e, por muitos anos, trabalhou como doméstica.

Ao chegar no Coração do Rio Grande, aos 16 anos, Arminda encontrou o eterno companheiro, o pedreiro Valdemar de Ávila Bitencourt, 75 anos. Eles se conheceram através de um casal de amigos em comum e, em setembro deste ano, completariam 50 anos de casados.

O casal tive quatro filhos: Susana, Silvana, 45, Delmar, 48, e Lucas, 33. Susana faleceu aos 6 anos, todos criados na Vila Santos, no Bairro Urlândia.

De Delmar, a idosa ganhou a neta Mayara, 24, e, de Lucas, a pequena Estela, 6 meses.

Em 2001, Arminda e o marido passaram a morar na localidade de Rincão dos Bentos, no distrito de Boca do Monte, junto ao filho Delmar, da nora Ana Elisiane e da neta Mayara. Mesmo convivendo com a diabetes há 30 anos, por onde passou, Arminda deixou alegria.

- Ela contava que, com 7 anos, tinha que subir em um banquinho para alcançar o fogão, pois já cozinhava para os peões da fazenda - diz Delmar.

Ana Elisiane conta que até os últimos dias de vida, a sogra se manteve ativa. Mayara lembra que a avó guardava a dor dela, para cuidar da dor dos outros:

- Por mais que estivesse triste, ela dava um jeito de não demonstrar. Com um sorriso no rosto, ela contagiava a todos.

Arminda e o marido eram evangélicos há, aproximadamente, 50 anos. A crença em Deus e em Jesus Cristo a acompanhou até o último instante. Ana Elisiane estava com ela quando, já bastante debilitada, Arminda olhou em direção a janela e pronunciou a última palavra: "Jesus".

Arminda faleceu em 19 de janeiro de causas naturais. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico de Municipal.

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